Miguel Torga sempre preferiu a prosa como pretexto para a
análise do carácter humano, no que concerne ao amor pela terra e pelo povo. Na narrativa
torguiana não importa o episódio ou a personagem particular, interessa,
sobretudo, o carater universal. Desse modo, as personagens destacam-se mais
por essas características gerais que conformam a alma humana. A linguagem de Miguel Torga, revela um
conhecimento profundo do vocabulário rural do norte de Portugal. Os diálogos
nos seus contos estão repletos de vivacidade,
de tal maneira, que nos remetem imediatamente para uma questão concreta ou para
um mundo particular. Escutar as suas personagens é escutar a vivência de um
povo é ouvir a sua gíria linguística em que cada coisa, cada elemento da
natureza no seu real quotidiano, tem um nome próprio. Torga sabe como ninguém
utilizar essa linguagem em função da beleza que vê nas gentes do povo, e na
paisagem natural que lhe serve de pano de fundo.
Da sua vasta
bibliografia existente na Biblioteca Central destacamos:
1937: A Criação do Mundo LL- 2.1.3/ 504
1940: Os Bichos. LL-
2.1.3/ 171
1944: Novos Contos
da Montanha LL- 2.1.3/ 256
Sem comentários:
Enviar um comentário